Se há vocábulo de que gosto é "destralhar".
Primeiro, porque gosto muito de palavras sofisticadas e eruditas e 'tralha' é uma delas. Ora, imaginem a Isabel de Herédia a conversar com o marido: "Ó Duarte, tem de arrumar aquela tralha. O palácio está uma verdadeira barafunda!" Outra palavra muito chique!
Segundo, porque deitar fora ou afastar o que está a mais são atos que purificam a mente e deixam circular a energia. Ao libertarmos o nosso espaço de objetos supérfluos também estamos a repensar a nossa vida e a adaptarmo-nos às mudanças.
Terceiro, é uma excelente forma de moderarmos os nossos hábitos consumistas e darmos prioridade ao essencial. Há quanto tempo que não compro nada para minha casa!! Nem plantas, nem caixinhas, nem piripipis, nem piripipós ''piripipi' e 'piripipó', mais dois vocábulos técnicos de elevado teor aristocrático!
Quarto, e em última instância, acredito muito sinceramente que "destralhar" é uma forma simples e poeticamente suave de nos prepararmos para a morte, o maior dos desapegos a que estamos vinculados. Nota: não beber mais do que um copo de vinho ao almoço. Hic!...
3 comentários:
hehehe
Me heart "destralhar"!
Bjs
lool boa :)
E o D. Duarte com calças de fato de treino de andar por casa, com uma t-shit de publicidade já com 2 buracos da traça a destralhar... muito bom! Destralhar a casa faz destralhar a mente e toda a gente precisa disso :) Beijo
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